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Método Educacional Pororoca

Você vai encher os

vazios com suas peraltagens

E algumas pessoas

vão te amar pelos seus despropósitos.

Manuel de Barros

O que estamos nomeando aqui enquanto “método” educacional Pororoca é a aplicação na educação, tanto em termos gerais como especificamente na educação infantil, do campo conceitual e experimental transaberes – desenvolvido em meus livros Confluências entre magia, filosofia, ciência e arte: a Ontologia Onírica e Vórtex: modulações na Unidade Dinâmica, além de uma série de artigos dos quais alguns serão citados ao longo desta descrição. -.

Qualificaremos o problema do conceito de “método”: em nosso artigo “Pororoca: a criação ‘brasileira’ enquanto levante”, o método científico é criticado, entre outros motivos, por partir do princípio que um experimento possa ser repetido. Nossa concepção de Natureza está de acordo com a concepção da Filosofia da Diferença proposta pelo filósofo francês Gilles Deleuze em que a Natureza é apreendida em coexistência de devires, ou seja, inexiste imutável na Natureza, e tudo o que existe está em constante mudança. É importante notar que, por “mudança”, estamos apreendendo não apenas o mero deslocamento, mas que tudo, até mesmo o que está parado, ou seja, sem deslocamento de um determinado ponto A para o ponto B, está mudando, portanto, em devir, posto suas vibrações. Para nós, tudo vibra e o que vibra, paradoxalmente, é vibração também. A Natureza é a expressão de vibrações de vibrações, cujas relações entre si são ressonâncias.

Apreendemos os transaberes enquanto uma ecologia das ressonâncias. Para trazer a apreensão destas ressonâncias para uma experiência do aqui e agora, nomeamos nosso método de Pororoca, ou seja, a confluência dos rios com os mares como produtoras de ondas (vibrações) singulares, heterogêneas, para alcançar o inominável, o impensável, possibilitando, com isso, um real processo criativo.

Se usamos aqui o termo “método”, é por uma mera questão de convenção social. Nós preferiríamos trocar “método” por poestÉticaos, ou seja, a coexistência do poético, do ético – no sentido do filósofo Spinoza – e do estético no e a partir do caos, ou seja, nem tanto um “método”, mas um fazer em devir onde coexiste uma relação com a linguagem em que ela não é determinante, mas uma espécie de indicador rumo ao para além do linguístico, em direção a uma ecologia das ressonâncias e uma modulação da atenção, inscritas em um impensável, que quando acessado, pode ser expressado de forma parcial por uma poética ou mesmo por conceitos. Tais conceitos, entre outros tópicos, expressam uma Natureza instável, cuja instabilidade é menos temida e mais celebrada, pois ela se permite apreender enquanto pura criação. A Natureza é criativa, logo, a criatividade das “pessoas” é mais uma questão de descongestionar os diques no devir – termo do sociólogo Gabriel Tarde em seu Monadologia e sociologia: hábitos culturais restritivos, métodos educacionais estanques, narrativas engessadas etc.

Também é necessário apreender que evitamos os termos “sujeitos”, “pessoas” e, quando possível, até mesmo “alunos”, preferindo o termo atrator, por apreender que inexistem “indivíduos” pois, como sua própria etimologia indica, seriam seres indivisíveis. Desacreditamos do indivisível e apreendemos que os “indivíduos” são atratores de ressonâncias. Todos os atratores são atravessados por inúmeras vibrações e são contínuos ao mundo: a pele não é o fim do corpo é apenas sua instância de passagem para outras modulações, variações de vibração. Meu corpo está se relacionando com campos eletromagnéticos, está digitando no teclado e eventualmente bebe um gole de água e café: todos esses exemplos possuem uma modulação diferente da minha e entro em ressonância com eles mudando a minha vibração e a deles ao mesmo tempo, constituindo uma pororoca.

Nossa concepção de educação inspira-se na do antropólogo Tim Ingold, como ele conceitua em seu livro Antropologia e/como educação: é menos transmissão de conhecimento e mais modulação da atenção. Nesse sentido, grande parte da nossa proposta educacional é trabalhar a percepção.

Para tanto, nossa prática educacional parte de alguns itens básicos: o exercício em vórtex (descrito em meu livro Vórtex), a crítica do monomito (descrito em meu artigo “Os super-heróis e a disneyficação do imaginário” e a assimilação onírica (descrita em meu livro Ontologia Onírica), todos eles relacionados entre si. Vejamos cada um deles a seguir, mas antes, já deixamos claro que, sobretudo na educação infantil, no trato com os atratores, todos esses aspectos devem ser tratados de modo brincante.

Exercício em vórtex: Esse exercício, quando utilizado para crianças, chamaremos de brincadeira do rodopio[1] brilhante. Esse exercício consiste em ficar sentado de olhos fechados em um local tranquilo, confortável, com luz fraca, com o corpo o mais imóvel possível, fazer cinco respirações profundas. Em seguida, o atrator que guia pede para o atrator que faz o exercício prestar atenção em seus pensamentos, percebendo que eles aparecem o tempo todo, e a mente (“individual”, ou seja, que emerge no atrator) tende a reter todas essas informações. Modula-se a atenção, em seguida, para um campo infinito para além do corpo biológico, de modo que se percebe “de fora” a mente individual tentando reter todos os pensamentos. Informa-se que esse campo infinito não julga nada e que deixa todos os pensamentos, emoções, sentimentos passarem, porque é da natureza deles passar. Orienta-se então a deixar a mente “individual” descansar, diluindo-se nesse campo infinito, silencioso, de amor incondicional, e a ficar alguns minutos nesse campo infinito. Em seguida, o atrator-guia pede para que o atrator que faz o exercício instale, através da imaginação e força de vontade, um vórtex em torno do próprio corpo, enfatizando que é importante que o vórtex se estenda dos pés até a cabeça, como um tubo de vibração em torno do corpo biológico. O importante é que vibre; são secundários: cor, direção, densidade ou como vibra, deixando que o vórtex emerja de modo mais espontâneo possível. Intensificar a vibração. Deixar esse macrovórtex em torno do corpo biológico em vibração “automática” e instaurar microvórtexes no interior do corpo biológico, de modo que cada poro ou mesmo cada célula seja um microvórtex. Intensificar as vibrações dos microvórtexes. Deixar que o macrovórtex e os microvórtexes se relacionem, fazendo uma pororoca. Aproximar lentamente as mãos, ambas em formato de concha, sem se tocarem e sentir um vórtex ao longo delas. À medida que a percepção fique mais nítida, brincar com o vórtex afastando, reaproximando as mãos, colocando-as em posições diferente, sempre lentamente. Respirando profundamente novamente cinco vezes, esticando os braços e pernas, abrindo os olhos no tempo de cada um. Verificar se todos estão bem. Se alguém estiver se sentindo mal, beber água ou mesmo comer algo, além de fazer respirações profundas. Conversar com os atratores sobre a experiência sem jamais interpretar, mas convidando sempre à auto investigação.

Segue agora a sequência da versão para crianças, a brincadeira do rodopio brilhante: é importante lembrar que nossa sequência oferecida aqui é uma base. De acordo com a experiência do facilitador, essa sequência pode ser modulada e alterada de acordo com a sensibilidade e feedback dos alunos. Primeiro, coloque a criança para sentar-se de forma confortável, em seguida, peça a ela para fechar os olhos e fazer as cinco respirações profundas. Quando ela já estiver respirando normalmente, diga sempre lentamente, principalmente nas primeiras vezes:

Imagine uma bolinha na sua testa. Deixa ela brilhar. Agora, comece a fazer a bolinha a se mexer, rapidinho, quase sem sair do lugar, como se ele tivesse tremendo. Zzzzzzzzzz!… pronto, fizemos o rodopio brilhante! Coloque a cor que você quiser. Agora deixe o rodopio brilhante rodar em torno da sua cabeça. Tá sentindo? Agora comece a fazer o rodopio rodar em torno do seu corpo todo, mas beeeeeemmmm devagaaaaarrrr: desça pro pescoço, peito, barriga, perna, pé, agora suba, pé, perna, barriga, peito, pescoço, cabeça, agora desce de novo. OK! Agora deixe esse rodopio grandão em torno do seu corpo rodar sem você mandar, deixa ele por conta própria e faça aparecer dentro de você vários rodopios pequenininhos: vários dentro da sua cabeça, do seu pescoço, do seu peito, da sua barriga, da sua perna, imagine, é fácil. Do jeito que você quiser, com a cor que você quiser, rodopiando do jeitinho que você achar melhor, como se fosse um monte de mosquitinhos brilhantes dentro de você. Foi? Agora deixa os rodopios pequenininhos brincarem com o rodopio que tava do lado de fora! É legal né? Deixa eles dançarem! Calma, devagar… do seu jeito. Agora, aproxime as suas mãos devagarinho, sem encostar uma na outra. Agora sinta o rodopio entre uma mão e outra. Calma, sem pressa. Sentiu um quentinho, um imã, um vaporzinho ou um choquinho? É assim mesmo! Se sentiu alguma coisa, mexa com a mão beeeeemmm devagaaarrrr, brinque com o rodopio nas suas mãos. Agora volte com as mãos pra onde elas estavam.

Em seguida, faça as cinco respirações profundas. Peça a elas que estiquem as pernas, os braços e abram os olhos devagar. E agora, deixem elas falarem livremente da experiência, sem interpretar, mas apenas convidando a se tornarem mais conscientes das extensões perceptivas dos seus corpos.

As outras modalidades do exercício em vórtex a seguir podem ser aplicadas à brincadeira do rodopio brilhante: fazer um rodopio coletivo, sentir o rodopio do colega, comparar com o rodopio do outro, comparar à de uma planta, de uma cadeira, de um objeto que a criança use muito. Sempre dando espaço para a conversa e experimentações.

Existe a modalidade de fazer um vórtex coletivo, sentando-se em roda e colocando a mão esquerda em direção ao atrator da esquerda e a mão direita na direção do colega da direita. Então instala-se um vórtex coletivo que passa pelas mãos de todos, primeiro numa direção (por exemplo, a mão direita emite o vórtex e a esquerda recebe o vórtex) em seguida de outra. Depois, colocar as mãos à frente e fazer a manutenção do vórtex coletivo, de modo a prescindir agora de um sentido único, deixando o vórtex coletivo se manifestar o mais espontaneamente.

Pode-se expandir lentamente o vórtex individual e coletivo para além da sala, casa, bairro, cidade, estado, país, planeta, sistema solar, universo, totalidade em aberto e voltar lentamente.

É possível sentir o vórtex de algum atrator, colocando as mãos, sem tocar, próximas ao corpo biológico dele.

Pode-se comparar o vórtex de um atrator e de outro, percebendo suas diferenças de densidade, receptividade, temperatura, vibração etc. Assim como é possível comparar o vórtex de atrator biológico (seres humanos, animais e plantas) com atratores inorgânicos (um lápis, um celular etc.).

Pode-se usar a sensibilidade do corpo e das mãos para sentir as diferentes vibrações das cores, desde que se feche ou se vende os olhos e se disponibilize “objetos” de mesmo material – também preferimos apreender quaisquer “objetos” enquanto atratores. O ideal é que sejam papéis ou panos de mesmo tamanho e textura, mas de diferentes cores. Depois de algumas vezes, espera-se que o atrator possa dizer de qual cor se trata apenas sentindo sua vibração específica.

Aqui cabe uma reflexão sobre a noção de “erro”. Preferimos conceber o “erro” como uma imprecisão. A busca, então, não é pela dicotomia “erro e acerto” com objetivo em ter mais acertos, mas adquirir cada vez mais precisão.

O exercício em vórtex possui vários ganhos: diminuição da ansiedade, aumento da intuição, maior precisão na percepção etc. Alguns ganhos são inesperados e variam de atrator para atrator.

Crítica do monomito: As narrativas contemporâneas, dada a massificação midiática, tendem a convergir para uma mesma história, a saber, o monomito que o mitólogo Joseph Campbell enunciou, inspirado nas teorias de Carl Jung. Grosso modo, o monomito constitui-se das seguintes etapas, comumente chamada da “jornada do herói”: nascimento complicado do herói, a descoberta de um mentor, uma missão que envolva seu oposto, ou seja, um antagonismo, uma recusa da missão, início da missão, morte simbólica, renascimento, a derrota do antagonismo e casamento, terminando com uma passagem rumo a um nível superior àquele em que ele se encontrava inicialmente.

Essas etapas encontram-se, com níveis variados de inscrição, nos mitos gregos, nas histórias bíblicas e nos filmes blockbusters de hoje em dia. O uso do monomito em Hollywood ganhou fôlego a partir do sucesso da franquia Star Wars de George Lucas, que usou Campbell como consultor. Um colega de faculdade de Lucas, Christopher Vogler, transformou o monomito de Campbell em manual de roteiro da Disney e em seguida, em livro, A jornada do escritor, de modo que popularizou o monomito em toda Hollywood. A Disney segue milimetricamente esse manual em todos os seus filmes, sejam dos personagens da própria Disney, como das marcas que ela adquiriu: Marvel, Pixar etc.

Não apenas as crianças, mas quase todo adulto, exceto aqueles mais eruditos e atentos, estão dominados pelo monomito. De um lado, estão saturados por filmes, livros best-sellers, quadrinhos, games e séries que reificam, com várias nuances, o monomito de outro, inconscientemente acreditam que aquela é a única forma de vida, tornando-se previsíveis e logo, mais controláveis pelo sistema. Cabe a uma educação mais assertiva e criativa suscitar novas narrativas aos seus alunos; mas cabe um alerta: não estamos nos colocando “contra” o monomito. O mais importante aqui é suscitar a consciência dele e de sua onipresença e a partir disso, convidar à apre(e)nder narrativas outras.

Isso pode ser feito através de algumas estratégias. A primeira é anunciar o monomito e mostrar como ele se repete em várias histórias que os atratores conhecem. Em seguida, oferecer algumas narrativas alternativas. Para adultos, temos os filmes de Tarkovsky, Bergman, Charlie Kaufman, entre outros; os livros de Kafka, Beckett, Borges etc. Para crianças, recomendamos as histórias infantis de Clarice Lispector, Renato Noguera, poemas selecionados para elas de Paulo Leminski etc.

De todo modo, o mais importante é trazer tais autores, que escapam ao monomito, enquanto trampolim para uma criação do atrator para além dele. Claro que não se deve condenar a criação de uma redação ou algo parecido que segue o monomito, mas pode-se sugerir pequenas torções em tais narrativas: “precisa terminar assim?”, “ele poderia fazer algo diferente nessa situação?”, “como a gente pode incluir algo entre esse e aquele acontecimento?” etc. O importante é lembrar sempre o atrator de sua total liberdade criativa: “você pode imaginar o que você quiser!”, com isso, convidar à derivas em relação ao monomito. Com crianças, há uma facilidade maior na aceitação de narrativas surrealistas e afins e a “lógica” onírica pode ajudar nisso, assim como como adultos.

Assimilação onírica: A abordagem dos sonhos, de um modo geral, foi tomada pela psicologia. As consequências disso foi o sonho ser entendido enquanto representação de algo, que não tem uma existência legítima por si. Pior ainda se for considerado sob a perspectiva da neurociência: o sonho então se torna um mero protetor do sono. Com a assimilação onírica, queremos recuperar os discursos e tratamentos acerca do sonho das tradições antigas como a oneirocritica grega, o xamanismo e as sabedorias orientais, para dar um estatuto de realidade em si, ou melhor, de uma extensão da realidade da vigília para os sonhos.

O facilitador deve pedir ao atrator para relatar um sonho qualquer. Quando estiver em grupo, o relator deve ser alertado que deve ser um sonho que ele se sinta confortável de trabalhar em grupo. Em seguida, deve-se perguntar “Como seria se esse sonho estive acontecendo aqui e agora?”. É importante notar que a tendência do atrator é começar a interpretar, dado o vício interpretativo que a psicologia entranhou no imaginar(io). Caso isso aconteça, deve-se mostrar ao atrator que ele está interpretando e não queremos isso agora, ainda que a interpretação possa ser considerada legítima em seu próprio campo. Assim, o sonho ganha um outro aspecto: o de cultivar devires, criação, na vida.

Vejamos o exemplo d’A metamorfose de Kafka. Alguém sonhou que se tornou um inseto. Então, como seria ser aqui e agora um inseto? É estranho, é nojento? Como ele enxerga o mundo? Como os outros atratores se comportam diante dele? Como ele se alimentaria, onde ele moraria? Isso pode ser divertido? Como ele se comunica? Essas perguntas servem de estímulo quando o sonhador tiver dificuldade em ressoar com o sonho.

Note que no público infantil, os devires-animais abundam: Homem-Aranha, Homem-Formiga, lobisomens etc., mas isso serve também para agenciamentos tecnológicos: Homem de Ferro, avatares de jogos etc.

Um desdobramento da assimilação onírica é o amigo onírico, uma possibilidade para festas de fim de ano. Cada atrator traz um sonho impresso (ou desenhado, se for criança em início do processo de alfabetização) de modo que ele não identifique nem assine o papel. Coloca-se o papel dobrado numa cumbuca ou qualquer tipo de recipiente adequado e faz- se um sorteio. O atrator que tirou determinado sonho deve desdobrar o sentido daquele sonho para sua vida, em outras palavras, dizer por que aquele sonho foi sorteado para ele. É importante que o facilitador conduza a brincadeira de modo a evitar – e não condenar – a interpretação, convidando sempre a trazer o sonho enquanto realidade para o aqui e agora. Em seguida, o grupo, que já conhece o atrator ao final do ano, pode também complementar os comentários do atrator. Em seguida, tenta-se descobrir quem é o sonhador daquele sonho sorteado. Ele será o próximo da rodada, sendo que antes dele comentar o sonho que sorteou, ele comenta brevemente o sonho sonhado por ele.

É interessante notar que os sonhos relatados costumam ressoar mais com o sorteado, mas também com todo o grupo. A tendência é que todos se identifiquem em algum nível. Outro fato curioso é que a ordem dos sonhos relatados tende a compor uma macronarrativa do grupo todo.

Com o exercício em vórtex, a crítica ao monomito e a assimilação onírica, teremos a base para inúmeras variações do processo educativo Pororoca. Assim como convidamos ao aluno tornar-se criativo, convidamos ao facilitador que se torne criativo também, de modo a criar novos modos de educação a partir das intuições e demandas surgidas em aula.

Em relação ao caráter transaberes das aulas, podemos sempre mostrar a partir da experiência do aqui e agora a confluência dos saberes, por exemplo: como sua roupa foi feita? Ela é de algodão? Sabe como se planta o algodão? E a terra? Precisa regar? Sabe como a chuva acontece? E de onde vem a água? Sabe como a água é formada? E a luz desta sala? Sabe o que é eletricidade? Como ela chega até aqui? Etc.

Sobre o problema específico do uso excessivo de smartphones pelos alunos em sala de aula, recomendamos a leitura da tese de Patrícia Weffort, “Novas tecnologias e o ensino de filosofia: uma análise simondoniana dos smartphones e do aplicativo Whatsapp”. Weffort criou um laboratório para se estudar, de modo divertido e aguçando a curiosidade dos alunos, a desmontar o celular e conhecer como funciona seu hardware e, em seguida, de modo didático, o software dos aplicativos. Ela se utilizou da plataforma Mosaico para mostrar detalhes didáticos dos smartphones.

Outras possibilidades seria utilizar métodos de vanguarda com cores e materiais, como expressos nas obras de artistas como Josef Albers, Donald Judd e Lygia Clark.

Terminamos aqui a abordagem básica do “método” (ou melhor: poestÉticaos) Pororoca. Esperamos que você possa utilizá-lo de modo criativo e que traga a alegria em apre(e)nder para seus alunos.

Plano de aula:

Nós já temos disponível, para ser adquirido mediante contrato, nosso plano de aula, contendo 130 aulas de cerca de 50 minutos, chamado “Rodopios: sonhos & outras histórias”, para crianças de cerca de 6 anos. Nele, desenvolvemos práticas educacionais com as crianças que envolvem um diário de sonhos, a prática do rodopio – que visa melhorar o processo de aprendizado, diminuir a ansiedade e desenvolver a percepção – e uma “mitologia comparada” para crianças, passando pelas folclore brasileiro, mitologia, os super-heróis e animações para crianças.

Caso você deseje adquirir nossos planos de aula e/ou consultoria, entre em contato pelo e-mail nelson@nelsonjob.com.br.

Para meus artigos sobre educação:

. Verificar “As vertigens nos transaberes: intensificando Vortexa”, presente no livro Transdisciplinaridade e Educação do Futuro, que pode ser baixado gratuitamente aqui.

. O meu artigo “Transaberes enquanto indissociabilidade de clínica e educação” pode ser lido aqui.

Bibliografia

INGOLD, T. Anthropology and/as education. New York, Routledge, 2018.

JOB, N. Confluências entre magia, filosofia, ciência e arte: a Ontologia Onírica. Rio de Janeiro: Cassará, 2013.

JOB, N. Os super-heróis e a “disneyficação” do imaginário. Cosmos e Contexto, ISSN: 2358-9809, nov. 2019. Disponível em: https://cosmosecontexto.org.br/os-super-herois-e-a-disneyficacao-do-imaginario/. Acesso em: 16/02/2021.

JOB, N. Pororoca: a criação “brasileira” enquanto levante. Estudos da Língua(gem), [S. l.], v. 19, n. 1, p. 125-146, 2021. DOI: 10.22481/el.v19i1.9155. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/estudosdalinguagem/article/view/9155. Acesso em: 2 dez. 2022.

JOB, N. Vórtex: modulações na Unidade Dinâmica. Rio de Janeiro: KDP Amazon, 2020a.

WEFFORT, P.  “Novas tecnologias e o ensino de filosofia: uma análise simondoniana dos smartphones e do aplicativo whatsap” tese disponível em https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/69959/R%20-%20D%20-%20PATRICIA%20MARIA%20WEFFORT%20TEIXEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 2 dez. 2022.


[1] Agradeço à Patrícia Porto pela sugestão do nome.

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